quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Hino de Muaná

Confira o hino oficial do município de Muaná, composto pelo poeta muanense Genésio dos Santos Martins.

Muaná, Muaná, levanta hoje teu brado
Aos filhos teus - heróis da liberdade
O centenário que a se desdobrado
Bravura afirma dessa lealdade

Relembra agora como nesta praça
Velho arvoredo aos altos céus alados
Foi testemunha de que o povo em massa
Num só ideal estava congregado!

Trêmula e branca uma bandeira linda
Alçada em gestos firmes de louvor
Mostrava a face de uma era vinda
De paz, de glória, liberdade, amor

Lá do Ipiranga, rio pequeno e mudo
O brado ingente de D. Pedro forte
Tornou-se aqui em Muaná o escudo
Daqueles homens sem temor à morte

E proferindo a decisão bendita
Da sacrossanta e pura independência
Padrão dourado, dessa glória invicta
Legaram-nos a nossa consciência!

Exulta pois ó meu Muaná querido
- Que os filhos teus não medem sacrifício
Esse padrão por nós será mantido
...Nunca terás a figura do exício

Resenha do livro "Ave, Marajó!" do escritor muanense José Maria de Lima

O autor

A literatura regionalista é uma constante em todo o universo das letras no Brasil. São muitos os autores que resolvem usar seus escritos para divulgar as características do seu lugar, sua natureza, o povo, os costumes, o modo de falar, as mazelas sociais, as belezas naturais. Em seu romance “Ave, Marajó!”, o escritor José Maria de Lima se valeu desse estilo para revelar, com minuciosos detalhes, os aspectos mais significativos de sua terra natal, o Marajó.

José Maria de Lima nasceu no município de Muaná, localizado no maior arquipélago flúvio-marítimo do mundo, em 1933. Com graduação em pedagogia, o escritor sempre se interessou por registrar no papel as características de sua terra, repleta de contradições. Com tramas que retratam o cotidiano e os conflitos do povo marajoara, é transmitido um pouco de sua essência. Recebeu o premio Samuel Wallace Mac-Dowell da Academia Paraense de Letras, além de ter recebido menção honrosa no Premio Dalcidio Jurandir 2012 na categoria romance.
A capa do livro


Antes de iniciar a história, o autor faz uma descrição em prosa, mas com características poéticas, em que ele apresenta aspectos naturais do Marajó, tratando a ilha quase como se trata uma pessoa, dotada de sentimentos e atitudes. Com esse capítulo deslocado da história, o autor visa introduzir no cenário em que se passarão os acontecimentos e criar um laço de familiaridade com as características naturais do local, dessa forma, o autor, desde já, imprime uma das principais marcas de sua obra, a divulgação do Marajó.

A protagonista da história é Regina Glória, uma jovem professora que é apresentada no primeiro capítulo. Regina pertence a uma rica família, seus pais são José e Julieta Silveira Borborema; os três são frequentadores assíduos da alta sociedade de Belém do Pará, onde moram.

A vida cheia de luxos e requintes da jovem muda quando ela conhece Jorge Ramires, um rapaz que tinha sido enviado para estudar na capital e que era natural da Ilha do Marajó, sobre a qual Regina Glória, até então, só ouvira falar. Os dois se apaixonam instantaneamente e iniciam um namoro que, mesmo sob os olhares preconceituosos da sociedade e desconfiados da família da jovem, acaba culminando com o casamento dos dois. Foi tão intenso e tão rápido que, pouco tempo depois de se conhecerem, o casal tinha a impressão de terem vivido juntos a vida inteira.

Na relação entre Ramires e a família de sua amada, o autor aborda o tema do preconceito social praticado pelas classes dominantes. Ramires não é pobre, sua família possui muitas terras no Marajó, porém o rapaz teve uma criação interiorana, seus traços rústicos e despojados lhe são muito fortes, e isso incomoda muito os pais de Regina, os quais queriam um marido fino e elegante para a filha.

Regina vai morar com o amado no lugar onde ele se criou, o estranhamento inicial foi muito grande, a jovem era uma pessoa extremamente acostumada com vida urbana, mas a paixão do casal foi mais forte e eles passaram a enfrentar juntos todas as dificuldades e, aos poucos, a moça da cidade grande vai se adaptando com a vida na fazenda. Regina passa a ajudar na administração da propriedade. Usando de seus conhecimentos, ela opina sobre a criação do gado, a forma de lidar com os empregados, até mesmo a alimentação dos criados é observada pela professora.

A vida do povo simples do Marajó é retratada fielmente pelo autor, que revela toda a exploração e ignorância em que vivem os habitantes daquela terra. O livro ganha um caráter histórico-social quando reflete sobre as possíveis causas e soluções para a situação do povo pobre do Marajó.

A vida do casal percorria um caminho de normalidade, com os dois cuidando dos negócios da fazenda, até que uma ideia surge na cabeça da esposa. Já há um bom tempo no Marajó, Regina não conhecia bem a história do lugar, os conflitos, as pessoas ilustres, os acontecimentos importantes. Visando desenvolver um aprofundado trabalho de pesquisa sobre o local e usando de toda a metodologia aprendida nos estudos acadêmicos, a curiosa exploradora sai em busca de tudo o que puder lhe trazer informações que interessam ao seu objetivo e, para isso, ela entrevista pessoas, consulta documentos, compara dados; todos os procedimentos que uma profissional da área precisa realizar para alcançar o objetivo de sua pesquisa.

Usando do projeto de Regina, o autor conta algumas histórias do Marajó, histórias essas que, se são verdadeiras ou inventadas, pouco importa, suas riquezas estão no conteúdo que varia do cômico ao ridículo, do dócil ao amedrontador. As narrativas que, em sua maioria, tem grandes proprietários de terra como protagonistas, ainda hoje povoam o imaginário do povo marajoara.

A história sofre uma grande reviravolta quando Regina tem de regressar à Belém para acompanhar a mãe em uma cirurgia e cuidar dela enquanto estiver convalescente. Tendo de se reacostumar com o ritmo da cidade grande, Regina tenta reviver seu tempo de solteira. Entre um evento e outro, ela acaba se envolvendo com um famoso médico, o mesmo que fez a cirurgia em sua mãe. Mesmo atormentada pelo sentimento de culpa, a jovem mergulha fundo no caso com o doutor.

Esse acontecimento da trama explicita bem a hipocrisia da classe dominante na sociedade belenense, a mulher casada, que é respeitada por pertencer a uma tradicional família, acaba envolvendo-se com um homem que também é casado e que também é admirado pela sociedade, ambos são frequentadores da alta sociedade. Os pais de Regina, apesar de aparentarem um sólido casamento, também praticam o adultério mutuamente, o que revela a vida de fachada e aparências que levam.

Para surpresa da protagonista, ao voltar para o Marajó, ela descobre que o marido, assim como ela, tinha se envolvido em um caso extraconjugal, e que estava gastando fortunas para manter a amante. Sentindo-se moralmente impedida de julgar o marido, Regina adota uma postura de compreensão para com ele, visando salvar o casamento tão afetado pela infidelidade de ambos. Mas o estrago foi grande demais, Ramires estava perdidamente apaixonado pela amante e, mesmo depois de ela ter casado com um fazendeiro rival, o obstinado esposo de Regina não desistia de reconquistar a ex-concubina.

Toda essa paixão só podia acabar em tragédia, Ramires acabou sendo assassinado pelo marido da mulher que queria conquistar, a notícia de sua morte espalhou-se pela região e gerou uma grande comoção entre as pessoas, pois apesar das últimas atitudes descontroladas, Ramires tinha a admiração de boa parte da população.

A morte de Ramires revela outro aspecto sobre o Marajó que o autor queria ressaltar, a violência nos campos e suas causas que, na maioria das vezes, são brigas por terra. Na trama, o motivo foi uma mulher, que no início da narrativa apareceu como a inocente filha de um vendedor ambulante árabe, mas que acabou arrebatando o coração de muitos homens e, por isso, tornou-se motivo de discórdia.

Atormentada pela dor de ter perdido o marido e sentindo-se culpada, Regina sofre muito com o acontecido. Os empregados da casa percebem o estado da patroa e tentam fazer alguma coisa para fazê-la voltar ao normal, porém nada pode apagar os questionamentos da mulher; e se ela não tivesse traído o marido? E se tivesse sido uma companheira mais dedicada e atenciosa? Tudo isso perturba Regina e a faz pensar em uma forma desviar sua atenção para outra atividade.

A jovem fazendeira tem uma atitude ousada, entra na Associação dos Criadores de Gado do Marajó, uma entidade até então dominada por homens. Com sua aguçada habilidade de oratória e sua beleza encantadora, rapidamente Regina assume uma postura de liderança, o que facilita para que ela exponha seus ideais inovadores sobre a pecuária no local.

Foi nessa associação que Regina conheceu um fazendeiro conhecido como Duca Malato, foi através dele que ela teve notícia de uma pessoa que podia realizar o desejo que estava guardado do mais íntimo do seu coração. Desde que Ramires morreu, Regina procurava uma forma sobrenatural de entrar em contado com o marido, Duca Malato conhecia um famoso médium chamado Raimundo Nonato. Foi através do curioso “pajé” que a protagonista da história pode, finalmente, entrar em contato com seu falecido cônjuge, esclarecer suas dúvidas e desculpar-se pelos erros cometidos.

A história que, durante todo seu desenvolvimento, segue uma linha racionalista, no final, camba para o sobrenatural, revelando seres míticos e explicações fantásticas para os acontecimentos naturais. Isso também retrata o misticismo que ainda povoa a mente de boa parte do povo marajoara.

O romance de José Maria de Lima, por se enquadrar no regionalismo, ressalta as características do Marajó, mas também apresenta histórias que são comuns a várias realidades, além do mais, o autor imprime um humor torna a leitura agradável. Por esses motivos e por muitos outros, “Ave, Marajó!” se apresenta como uma ótima leitura.     

sábado, 29 de outubro de 2016

Missa de corpo presente do Cônego Jaime em Muaná




Familiares e amigos do cônego Jaime Barbosa Sidonio participaram da missa de corpo presente na Igreja matriz de São Francisco de Paula, presidida pelo bispo Dom Teodoro Mendes Tavares.


Na ocasião, muitas pessoas se emocionaram ao lembrarem-se da bonita trajetória do cônego Jaime que era uma muanense com orgulho e que sempre se lembrava de visitar sua terra. O sepultamento ocorreu logo após a celebração e foi acompanhado por um bom número de pessoas que rezavam pela alma do sacerdote.


Fonte: Blog O Muanense

Adalcinda Camarão: uma genuína muanense

Se existe uma mulher que enche os muanenses de orgulho, esta é Adalcinda Camarão. A Poetisa nascida na Flor do Marajó ganhou o mundo, é membro eterno da Academia Paraense de Letras, e morou por mais de 40 anos nos Estados Unidos, fazendo diversos trabalhos, desde professora de língua portuguesa para estrangeiros, até funcionária da embaixada brasileira em Washington.

 

Sua data de nascimento ela nunca se preocupou em revelar, porém é muito provável que tenha sido no mês de julho, e por isso o blog fará essa humilde homenagem a esta que foi e é uma das maiores personalidade do Marajó.

 

Certamente a poesia é o feminino que encontra no masculino do poema um casamento perfeito. União fértil da qual o lirismo é sempre o fruto maior. Quando o traço da poesia fecunda o espírito de uma mulher o resultado quase inevitável é a própria tradução de encanto. E tudo isso pode ser provado com o legado de Adalcinda.

Foi num reino todo singular que essa dama das letras nasceu. No reino absolutamente verde e misterioso da ilha das ilhas: o Marajó. Uma serena e acolhedora Muaná fez-se seu berço. A data? Ela nunca viu necessidade de revelar. Dizia apenas que tinha sido num mês de julho. Numa época outra. Num tempo bem mais melódico. Adalcinda Magno Camarão Luxardo foi uma das filhas do meio de João Evangelista de Carvalho Camarão e Camila de Brito Magno Camarão. 'Minha mãe era uma mulherzinha tão bonita', ela suspirava ao falar. E fazia questão de garantir: 'Meu pai também era um homem muito interessante'. Uma família grande: treze irmãos. Por parte materna, o orgulho de descender da célebre figura de Santa Helena Magno. O versificar parecia já vir como um fator de herança sangüínea.

 

VERSOS RASGADOS

O repertório de imagens ribeirinhas oferecido por Muaná e seus entornos se instalariam nas íris de Adalcinda e não demorariam a despertar a vontade de escrever. O que começaria a se materializar a partir de seus dez anos de idade. Vocação que a família, de início, não veria com bons olhos. Com um riso fugaz nos lábios, a autora chegou a revelar: 'Rasgavam todos os meus escritos. Meu irmão mais velho dizia que não queria uma mulher intelectual em casa'.

Veio o tempo de freqüentar o curso ginasial. Adalcinda e seus pais se mudaram para Belém. Como rezava a boa tradição da época, ela começou a cursar o grupo escolar com um objetivo já definido: tornar-se professora. Aquela era, por excelência, a profissão que as meninas bem encaminhadas deviam seguir. Décadas mais tarde, todavia, ela admitiria: 'Meus pais me queriam professora e assim aconteceu: eu me fiz professora. Um título apenas'.

 

FERTILIZAÇÃO

A faceta de poetisa começaria a ser fertilizada numa época em que a arte brasileira vivia os sopros do novo, mergulhava numa profunda reverência ao valor nacional. Ventos trazidos pela revolução estilística iniciada na semana de 1922, em São Paulo. Era o período da ebulição do modernismo. Os versos de Adalcinda, de algum modo, banharam-se nesse apelo. Floresce em suas aptidões um versificar em sintonia com esses novos ares. Um tom poético liberto do preciosismo do passado, mas fiel à melodia da palavra. Um modo sereno e, ao mesmo tempo, pungente de criar estrofes.

Em Belém, era efusivo o cenário literário. Adalcinda é um dos pioneiros toques femininos nos ciclos da intelectualidade local. A geração atuante a qual pertenceu, fez surgir na cidade uma considerável quantidade de revistas literárias. Foi justamente na redação de uma destas publicações, a célebre 'A Semana' que, aos dezesseis anos, conheceu o cineasta Líbero Luxardo. 'Um encontro casual. Eu costumava freqüentar a redação, cantava nas rodinhas de violão que eles faziam. Naquele dia, eu tinha ido buscar um magazine e nos encontramos'. A escritora e o homem das telas se casaram e tiveram um filho: Tom. 'Além de seu conhecido encantamento pelo cinema, Líbero também gostava muito de escrever. Aliás, ele tinha uma facilidade imensa para criar textos. Mal acabava de passear por um tema, já estava debruçado sobre outro'.

 

ACADEMIA

Em 1949, um fato marcante na trajetória da poeta. A despeito da pouca idade, Adalcinda é eleita para ocupar a cadeira de número 17 da Academia Paraense de Letras. Posto cujo pioneiro ocupante fora Felipe Patroni. Um feito notável. Sobretudo, pelo fato de que – após a também paraense Guilly Furtado – Adalcinda era uma das primeiras mulheres a preencher vaga em academias literárias no Brasil. Ela chegou a anteceder Raquel de Queiroz, a primeira na Academia Brasileira. Sua posse ocorreu no dia 25 de janeiro de 1950. 'Eu me recordo que estava muito nervosa. Achava que não ia conseguir fazer o discurso. Cheguei a pensar em não comparecer a cerimônia. Mas o Líbero, com toda sua calma, disse que eu não me preocupasse, que eu apenas fosse até lá e deixasse tudo transcorrer naturalmente.

Adalcinda acabaria fazendo com que seus ditos cruzassem várias trincheiras. Escreveu para rádio, teatro e para diversos jornais. Na década de 50, mudou-se para os Estados Unidos por conta de uma bolsa de estudos. No ano de 1960, instalou na Georgetown University o Departamento de Português, no qual lecionou Literatura do Brasil e de Portugal.

 

A última estrofe do viver de Adalcinda foi escrita em 17 de janeiro de 2005. Um adeus de quem fica. Como é comum acontecer aos eternos. As grandes poetas são, de fato, mulheres sem tempo certo no tempo. Mesmo que o tempo de hoje lhes traga desagrado. Antes de se tornar letra no horizonte, ela desabafou: 'Não gosto desses arranha-céus no centro da cidade'. Que doce contradição: hoje é a alma dessa rara paraense que arranha todos os céus. Quando o eterno encontra os dedos de uma dama, a única motivação que a escrita recebe é a de executar o belo. E é justamente por tudo isso que a melhor palavra para encerrar qualquer dito sobre Adalcinda Camarão é... beleza.

 

"Quando se nasce para ser eterno Morrer é uma especulação" (Adalcinda Camarão)

 

Fonte: Blog do Heider Nunes e Amazônia Jornal

Escritor muanense lança livro de poemas





O escritor muanense Sebastião Tavares Moraes lançou o seu livro de poemas chamado “Meninos Canoeiros e outros poemas” no dia 25 de outubro de 2016 no auditório do Centro de Referência em Assistência Social (CRAS). 

O poeta continua vendendo exemplares da obra pelo valor de quinze reais. É muito gratificante saber que Muaná tem muitos artistas talentosos e que lutam para divulgar suas obras, Sebastião Tavares não teve apoio cultural, mas mesmo assim publicou sua obra, parabéns ao poeta.

Nestlé apoia jovens empreendedores muanenses


 treinamento-nestle (Foto: Marcos Credie)

O produtor Murilo Felipe Martins tem um brilho nos olhos quando fala do empreendimento iniciado aos 16 anos, quando arrendou uma área de 4 hectares de seus pais, no município de Muaná (PA), para explorar os açaizeiros nativos de uma forma rentável.



nestle-treinamento-felipe (Foto: Marcos Credie)
Murilo Felipe, estudante e produtor de açaí (Foto: Marcos Credie)
Hoje, aos 23 anos, ele lembra que o pai chegou a dizer que produzir açaí era perda de 
tempo, mas sua persistência resultou numa área de 30 hectares, inclusive com barco próprio para escoar a produção.

 Murilo Felipe, que é universitário do curso de letras, produzirá neste ano 57,4 toneladas de açaí, quase o dobro das 29,4 toneladas produzidas no ano passado. No próximo ano pretende colher 84 toneladas.


A maior despesa do produtor é com a mão de obra para limpeza dos açaizeiros, a fim de impedir o avanço no mato. A adubação é natural, com os resíduos da floresta que as águas carregam para as margens dos rios. A colheita é feita com base na parceria ou sistema de meeiro.

Murilo, que aprendeu tudo na prática, é um dos doze jovens de Muaná selecionados para participar de um projeto desenvolvido no município pela Nestlé. “Com viés de aceleração de empreendedores locais no segmento de alimentação e nutrição, o objetivo é fomentar a geração de emprego e renda na Ilha de Marajó”, diz a empresa.
nestle-treinamento-maikson (Foto: Marcos Credie)
Maikson Batista, biólogo e produtor de açaí (Foto: Marcos Credie)

O produtor de açaí Maikson Batista do Nascimento, 29 anos, também foi selecionado para o projeto. Ele começou na atividade em 2014, explorando 250 hectares de açaizeiros, numa fazenda de 645 hectares, onde trabalha com os pais e dois irmãos. Maikson, que é formando em biologia e trabalha em duas prefeituras da região, quer ter condições de se dedicar apenas à produção.

No programa, a Nestlé conta com a parceria do Centro Universitário do Pará (CESUPA), responsável pelos levantamentos de campo nas comunidades e seleção dos jovens. A consultoria Yunus Negócios Sociais, outra parceira do projeto, responde pela área de treinamento dos jovens, sobre como planejar para transformar as ideias em negócios, a fim de gerar emprego e renda.

 A multinacional explica que o programa “Nutrindo os Sonhos dos Jovens” faz parte do Nestlé Global Youth Initiative, que nasceu com o sucesso do Nestlé Needs Youth, desenvolvido em 2013 para contribuir com o combate ao desemprego entre os jovens na Europa. Na época, cerca de 11 mil jovens encontraram emprego e oportunidades de treinamento dentro do programa.